Pontecializando a venda do misoprostol mais conhecido como "cytotec"
O que é misoprostol? Trata-se de um medicamento definido como análogo sintético da prostaglandina E1, uma substância natural encarregada pelas contrações uterinas e pelo amolecimento do colo do útero no momento do parto. Ele é classificado como prostanoide e pertence ao grupo das prostaglandinas... -
Em quais situações ele deve ser usado? A medicação pode ser indicada para mulheres grávidas nos seguintes eventos obstétricos: Indução do trabalho de parto Indução do aborto legal Esvaziamento do útero por morte embrionária ou do feto Amolecimento do útero antes do aborto cirúrgico (curetagem ou AMIU - Aspiração Manual Intrauterina) Sangramento uterino no pós parto Em alguns países, o uso desse fármaco é preventivo nos casos em que há risco do desenvolvimento de úlcera em pacientes que fazem uso prolongado ou contínuo de AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais), como a aspirina, o ibuprofeno, entre outros. Aliás, esta também foi a primeira indicação do misoprostol no Brasil....
Resumo da notícia
- Ele é análogo da prostaglandina, substância que leva à contração e dilatação do colo uterino
- A medicação tem uso hospitalar exclusivo, controle especial, venda e compra proibidas por lei
- Útil em práticas obstétricas, possui dosagem e tempo de uso certos e requer monitoramento
- As contraindicações incluem cesárea prévia, cicatrizes uterinas, gestação molar, entre outras
Utilizado originariamente como protetor estomacal, o uso do misoprostol, no Brasil, tem utilidade na prática assistencial obstétrica dada a sua ação útero-tônica e de amolecimento do colo uterino.
O que é misoprostol?
Trata-se de um medicamento definido como análogo sintético da prostaglandina E1, uma substância natural encarregada pelas contrações uterinas e pelo amolecimento do colo do útero no momento do parto. Ele é classificado como prostanoide e pertence ao grupo das prostaglandinas.
A comercialização e utilização desse medicamento no Brasil, de acordo com a Portaria nº 344/98, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é restrita aos hospitais cadastrados perante a autoridade sanitária. Isso significa que ele está sujeito a controle especial, tem uso hospitalar exclusivo no país, e a sua venda é proibida nas farmácias em todo o território nacional.
A sua comercialização é considerada crime, o que inclui eventual distribuição como amostra grátis, assim como o comércio de medicações à base de misoprostol não registradas no país.
Em quais situações ele deve ser usado?
A medicação pode ser indicada para mulheres grávidas nos seguintes eventos obstétricos:
- Indução do trabalho de parto
- Indução do aborto legal
- Esvaziamento do útero por morte embrionária ou do feto
- Amolecimento do útero antes do aborto cirúrgico (curetagem ou AMIU - Aspiração Manual Intrauterina)
- Sangramento uterino no pós parto
Em alguns países, o uso desse fármaco é preventivo nos casos em que há risco do desenvolvimento de úlcera em pacientes que fazem uso prolongado ou contínuo de AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais), como a aspirina, o ibuprofeno, entre outros. Aliás, esta também foi a primeira indicação do misoprostol no Brasil.
Nos Estados Unidos, o uso obstétrico não é aprovado pelo FDA (órgão de vigilância sanitária).
Entenda como ele funciona
O misoprostol, quando administrado por via vaginal, tem absorção e depuração mais lentas, níveis plasmáticos de pico baixos, e ainda promove maior exposição geral ao medicamento e efeitos no colo do útero e no útero.
Esses dados sobre farmacocinética foram publicados pela revista médica Reviews in Obstetrics & Gynecology. Metabolizado pelo fígado, a medicação começa a fazer efeito em 20 minutos, o que pode durar por até 4 horas. Depois, ela é excretada majoritariamente pelas fezes.
Quanto ao mecanismo de ação (farmacodinâmica), ele atua estimulando os receptores das prostaglandinas —presentes também no útero e no colo do útero— aumentando a força e a frequência das contrações, além da redução do tônus do colo uterino. A explicação é de Maria Fernanda Werner, professora do Departamento de Farmacologia da UFPR.
Conheça as apresentações disponíveis
O misoprostol é considerado um medicamento essencial, por isso ele consta da Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais). A marca de referência do misoprostol é o Prostokos® .
Confira as doses disponíveis:
- Comprimidos vaginais - 25 mg, 100 mg e 200 mg
"Quando utilizado no ambiente hospitalar e sob orientação médica, o misoprostol é considerado eficaz e seguro, principalmente quando respeitadas as dosagens adequadas, contraindicações, tempo de uso e, sobretudo, quando há o devido monitoramento da paciente", afirma Ricardo Porto Tedesco, professor da disciplina de obstetrícia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e membro da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Parto Puerpério e Abortamento da Febrasgo.
Quais são os riscos do uso desse medicamento?
"Sem acompanhamento médico, o misoprostol tem efeitos negativos para as mulheres e para o feto, e a maioria delas não sabe quais são", fala Francielle Tatiana Mathias, farmacêutica e diretora de assuntos regulatórios, cadastros e conteúdo da plataforma Consulta Remédios.
A especialista se refere ao risco de contrações muito fortes que podem levar à morte fetal e, a depender da intensidade, à ruptura do útero.
Além disso, o medicamento tem efeito teratogênico —ou seja, ele pode causar danos ao embrião e ao feto. São exemplos dessas consequências:
- Hidrocefalia
- Defeito do sistema límbico
- Paralisia facial congênita
- Constrição das extremidades (pés e mãos)
- Extrofia da bexiga (exposição ou protusão do órgão)
Saiba quais são as contraindicações
O misoprostol não deve ser usado por mulheres grávidas, sem indicação médica, ou por pessoas que sejam alérgicas (ou tenham conhecimento de que alguém da família tenha tido reação semelhante) ao seu princípio ativo, ou a qualquer outro componente de sua fórmula.
Informe seu médico caso você se encaixe em alguma das seguintes condições:
- Gravidez
- Gestação molar
- Cicatriz uterina
- Cesárea anterior
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